Lajeado-RS 2mj3a

Lajeado-RS

Lajeado também já foi Estrela


         Primeiramente, pertenceu o município de Lajeado ao de “Vila Príncipe” (Rio Pardo), criado pelo Alvará Régio de 27 de abril de 1809, juntamente com Porto Alegre, Rio Grande e Santo Antônio da Patrulha. Eclesiasticamente, ficou submetida à Freguesia de Taquari.


         Uma vez criada a Freguesia de Estrela pela Lei 875 de 2 de abril de 1873, a ele foi incorporado o território de Lajeado pela Lei 916 de 24 de abril de 1874. Pela Lei 963 de 29 de março de 1875, foi instituído como 2° Distrito de paz da Freguesia de Estrela, compreendendo o território situado a margem direita do Rio Taquari (Lajeado, Arroio do Meio, Encantado e Guaporé).


         Pela Lei 1.044 de 20 de maio de 1876 foi criado o município de Estrela, dele fazendo parte o Distrito de Lajeado.


         Mais tarde em 27 de maio de 1881, pela Lei provincial 1351, foi criada uma freguesia no 2° Distrito de paz de Estrela, sob a invocação de Santo Inácio. Finalmente pelo Ato 57 de 26 de janeiro de 1891 foi criada a Vila de Lajeado, cuja instalação deu-se em 25 de fevereiro do mesmo ano.


         Até 20 de outubro de 1891, a nova comunidade foi istrada por uma Junta Municipal, presidida por Frederico Henrique Jaeger. A 15 de novembro de 1891, foi empossado o 1° Conselho Municipal, e eleito o intendente Frederico Heineck.


         A 20 de fevereiro de 1892, foi dissolvido o Conselho Municipal pelo então governador do Estado e nomeada uma Comissão para gerir os negócios da comunidade. A 19 de agosto de 1892, tomou posse do cargo de Intendente Provisório Bento Rodrigues da Rosa que istrou o município até 1894, quando foi substituído por Joaquim de Moraes Pereira. Em 1895 este foi substituído por Júlio May.


         Pelo Decreto 618 de 6 de maio de 1903, instituiu a Comarca do Vale do Taquari, com sede em Lajeado, abrangendo o termo de Estrela.


         Em 20 de dezembro de 1939, foi a Vila de Lajeado elevada à categoria de cidade.

        

Colonização de Lajeado:

A colonização de Lajeado remonta a 1853, com o estabelecimento da Colônia Conventos, fundada por Antônio Fialho de Vargas. Ficava esta colônia situada no lugar denominado Conventos Velhos, próximo a atual sede do município, onde por volta de 1830 se estabelecera José Inácio Teixeira, “dono de muitos escravos” que construiu casas e adquiriu alguns lotes de terras reando tudo para Antônio Fialho de Vargas.  Em 1835 já havia muitos moradores em ambas as margens do Rio Taquari. Fialho de Vargas fez grandes derrubadas de matos e vendeu lotes de terras a pessoas de outros municípios que atraídos pela grande quantidade de terras para lavouras, mudaram-se e fixando residência no território que aos poucos foi se desenvolvendo.


         Em 1855 recebia a Colônia Conventos os primeiros imigrantes e, em 1857, já possuía 168 habitantes, dos quais 81 homens e 87 mulheres, sendo 49 deles chegados naquele ano da Europa. No ano seguinte chegavam mais 20 colonos ficando assim distribuída a população segundo religião e a nacionalidade: Brasileiros: 76, Alemães: 112 – Católicos: 71, Evangélicos: 117. Deste total 100 eram do sexo masculino e 88 do feminino. A colônia produzia feijão, milho, batatas, trigo, favas e cevada.


         Em 1860 a população crescia para 231 almas.

         Houve também imigração italiana, notadamente nos antigos distritos de Marques de Souza, Progresso e Fão, iniciada anos mais tarde. Também houve colonização de luso-brasileiros em menor escala.


         Curiosidade:

·        Rivalidades entre Estrela e Lajeado eram famosas e comentadas inclusive em rádios de Porto Alegre, especialmente quando da realização de jogos entre os clubes representantes de cada cidade. A travessia do Rio Taquari pelas torcidas e jogadores eram feitas através da barca ou canoas e não raras vezes em que eram realizadas a nados. Contam-se histórias desde o surgimento das colônias por volta de 1855 e tudo era motivo de rivalidade (social, esportivo, político e econômico). Com o tempo ou a compreender-se que o Rio Taquari não separa, mas une as duas cidades que possuem grande projeção no Rio Grande do Sul e Brasil.


Pesquisa: Airton Engster dos Santos

Fonte de Dados: Município de Lajeado – Síntese Histórico e Estatística – Documento do acervo da Aepan-ONG.

Colinas-RS q472w

Colinas-RS

História de Colinas


         O município de Colinas foi criado em 20 de março de 1992, através da Lei Estadual número 9.562, sendo que a denominação foi inspirada nas montanhas e colinas que circundam a localidade. Colinas (antigo distrito de Estrela) está localizada na margem esquerda do Rio Taquari, sendo colonizada por imigrantes alemãs, que deixaram suas raízes e serviram de marco para o desenvolvimento do setor primário e cultural da comunidade. Os descendentes de alemães conservam até hoje os hábitos dos anteados, com suas festas, danças e culinária.


         A primeira istração foi instalada em 1993. Colinas limita-se ao norte com Roca Sales, ao sul com Estrela, a leste com Imigrante e a oeste com o Rio Taquari. A área é de 57,25 km², população de aproximadamente 2.500 pessoas  e altitude 50 metros.


         O antigo distrito de Estrela, “Corvo”,  se desenvolveu a partir da agricultura e pecuária e até os dias de hoje, cultiva-se em colinas: soja, feijão, batata, cebola, trigo, amendoim, uva, banana, sorgo e alho. Na pecuária destacam-se as criações de suínos, bovinos, aves, além da produção de leite e ovos. Também os setores industrial e comercial ganharam importância com o ar do tempo.


         O zelo da população com seus canteiros e jardins deu a Colinas o título de Cidade Jardim.


         Curiosidades: Uma forte paliçada foi construída em uma ilha situada no meio do Rio Taquari, no antigo distrito de Corvo, atual Colinas. A partir de 1636, quando a expedição do bandeirante Antônio Raposo Tavares percorreu a Vale do Taquari, este local servia de “Campo de Concentração” para centenas de índios das tribos ribeirinhas. Enquanto atacava as reduções jesuíticas na região das Missões, o bandeirante deixava alguns homens guarnecendo o depósito de índios na ilha de Corvo. Muitos índios ainda conseguiram fugir pelas matas.


         As referências geográficas permitem tal dedução, pois o referido quartel de Raposo Tavares ficava protegido de intempéries e ataques, já que ficava entre colinas.


         Entretanto a colonização de terras só viria a se dar, racionalmente, a partir do século XIX, com a chegada dos imigrantes alemães.


         Origem do nome: Há duas versões sobre a origem do nome do antigo distrito de Estrela: Segundo alguns historiadores, o fato do distrito ter se chamado “Corvo” deve-se a grande presença desta ave, gerando o apelido,  dado por navegantes que chegavam ao local.


         A outra hipótese é que os açorianos (portugueses das ilhas dos Açores) que viviam em Rio Pardo e Taquari navegavam em nosso Rio Taquari e iam até próximo a Fazenda Lohmann  (até onde o Rio era navegável) e a última ilha existente neste trajeto era denominada pelos navegadores de “Corvo” assim como se chama “Corvo” a última ilha do Arquipélago de Açores.


Pesquisa: Airton Engster dos Santos

Fonte de dados: Município, Teu nome é um sucesso - Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul e Informativo oficial do município de Colinas – Ambos documentos no acervo da Aepan-ONG.


Imigrante-RS 2nc8

Imigrante-RS

Estrela se divide novamente em 1988

Do distrito de Arroio da Seca, surge Imigrante.


         O município de Imigrante resultou da união de dois distritos: o de Arroio da Seca, do município de Estrela, de colonização predominantemente alemã, e outro, o de Daltro Filho parte do município de Garaibaldi, de colonização italiana e alemã. Arroio da Seca era distrito de Estrela desde 1955.


         O Plebiscito foi realizado em 10 de abril de 1988 com 2.678 inscritos e 2.247 votantes. Destes, 1.808 votaram Sim, 406 Não, 26 em branco, 7 nulos. Em 09 de maio de 1988, cria-se oficialmente o município de Imigrante, pela Lei Estadual 8.605 assinada pelo governador Pedro Simon (1987 – 1990).


         Por haver grande concentração de imigrantes europeus na região originou-se  o nome deste município.


         Mas a história de Arroio da Seca tem início bem antes de 1988. Na verdade em 1868 a colonização já havia atingido a nascente do Arroio da Seca, no vale que liga Estrela a Garibaldi. Quem percorrer os cemitérios de Arroio da Seca, principalmente de Linha Imhoff poderá ler nas inscrições dos túmulos dizeres, nos quais os colonos tiveram o cuidado de esculpir a Província de origem e procedência dos falecidos imigrantes, inclusive a localidade de nascimento.


         A ocupação de Arroio da Seca, portanto, teve início no século XIX com duas correntes principais: Os primeiros imigrantes vieram de Teutônia que teve início de sua colonização em 1858.  Outras famílias vieram diretamente da Alemanha, principalmente da região da Westfália. Nesta época tudo era mata virgem e as dificuldades eram imensas.

         Em monumento erigido à frente da Igreja Evangélica da Paz de Arroio da Seca, está gravado 1882 como marco inicial da colonização.


         Outra porta de entrada para Arroio da Seca foi a Zona de Corvo.


         O trajeto entre Arroio da Seca e Estrela somente podia ser feito a pé; a mata virgem era muito densa e a venda mais próxima localizava-se em Estrela. Os colonos levavam milho, feijão e outras mercadorias para as vendas em Estrela, as quais eram trocadas por roupas e utensílios diversos.


         Por não ter sido possível trazer utensílios da Europa, os imigrantes fizeram todos seus pertences (xícaras, pratos, talheres e outros) de madeira. Também faziam sua própria cerveja, tomando-a nos dias de festa. As roupas eram feitas de feitas através de tear.


         Muitos anos depois é que surgiu o gado leiteiro, quando Arroio da Seca era ainda uma picada.  Muitas vezes os animais silvestres devoram o gado e as galinhas.


         A terra para o plantio era limpa a mão. O cavalo além de servir para arar a terra ou a ser o meio de transporte utilizado para o deslocamento para Estrela.


         As escolas eram distantes e as pessoas mais instruídas serviam como professores.  As escolas construídas serviam também cultos religiosos.

         Os imigrantes trouxeram da Europa a medicina caseira. As pessoas tentavam se curar em casa, pois médico só em Estrela. Muitas pessoas morreram na época por falta de assistência.

Com a primeira leva de imigrantes não vieram padres nem pastores. Todas as famílias trouxeram consigo um livro chamado “Schwarzes Hausbuch”, de orações que servia de base para batismos, casamentos e enterros.


Os vizinhos se ajudavam mutuamente em caso de doenças e outras dificuldades. Os imigrantes mais novos casavam somente com outros imigrantes, geralmente com seus vizinhos. Eles tiveram grandes dificuldades para registrar seus filhos e terem seus casamentos reconhecidos.


         Com relação à Daltro Filho, deduz-se que a chegada dos primeiros imigrantes tenha se dado por volta de 1870.


Pesquisa: Airton Engster dos Santos

Fonte dos Dados: “Teu Nome é um Sucesso!” e “Os novos Municípios Gaúchos”, Editados pela Comissão de Assuntos Municipais da Assembléia Legislativa do RS. Ambos os documentos estão à disposição no Memorial da Aepan-ONG para consultas. 

Roca Sales-RS 76v10

Roca Sales-RS
Emancipação de Roca Sales


         No início dos anos 50 Estrela tinha uma população de aproximadamente 30 mil pessoas, com 85% dos habitantes localizados na zona rural e 15% na zona urbana. O município era considerado de forte tendência agrícola com produção de milho, fumo, batata doce, batata inglesa, trigo, alfafa, amendoim, arroz, feijão, cana de açúcar e mandioca. Na pecuária com grande produção de suínos, bovinos, eqüinos, ovinos, caprinos e muares. 

Estrela possuía 4.055 propriedades rurais distribuídas em 70.755 hectares. Possuía 5 distritos, a saber: Sede, Languirú, Roca Sales, Corvo e Teutônia.


         Oficialmente em 28 de fevereiro de 1955 emancipa-se o 3º Distrito de Roca Sales diminuindo em praticamente 1/3 a população de Estrela.


         Mas a história desta localidade, situada à margem esquerda do Rio Taquari, pertencente ao território de Estrela até metade dos anos 50, teve início  em 1881 quando foi fundado um pequeno povoado em terras que pertenciam à família de Francisco de Santos Pinto. Depois se transformou em freguesia e em 1898 no governo do intendente de Estrela Pércio de Oliveira Freitas (1896-1900) foi elevado para categoria de distrito, à época denominada Conventos Vermelhos. Na istração do intendente  Francisco Ferreira de Brito (1900-1908), em 12 de junho de 1902, recebia o nome de Roca Sales em homenagem ao Presidente da Argentina Júlio A. Roca e ao presidente do Brasil Campos Sales.


         Seus primeiros habitantes foram as famílias de Cesário Piccinini, José Brock, Cândido Giongo, Emílio Rotta e Sílvio Piccinini.  Visto o progresso de Conventos Vermelhos, que integrava o município de Estrela, foi gradativamente recebendo outras famílias vindas de outras regiões do Rio Grande do Sul e também do exterior. Agricultores de origem alemã e italiana foram incrementando o progresso da localidade construindo as primeiras igrejas e escolas.

         Conforme dados do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em 1913, Roca Sales contava com oito ruas, uma praça, oitenta prédios, e 480 habitantes. Possuía uma Igreja Católica e um templo luterano além de cartório, agência de correio e posto telefônico. A população distrital era de seis mil habitantes.


         Por volta de 1940 foi iniciado o movimento emancipacionista  que contagiou a comunidade especialmente as lideranças políticas, sociais e econômicas. Um plebiscito foi realizado com ampla vitória do Sim, tornando Roca Sales independente de Estrela através da Lei Estadual número 2.551 de 18 de dezembro de 1954. A instalação se deu em 28 de fevereiro de 1955. 

              Quando Roca Sales se emancipou, contava com 36 estabelecimentos comerciais, 52 industriais, 1.724 prédios com 1.235 propriedades rurais, produzia 2.040 toneladas de batata inglesa, 720 toneladas de trigo e 4.000 toneladas de mandioca. Possuía um rebanho de 10.500 bovinos, 12.200 suínos e 500 ovinos. Havia 31 unidades escolares, uma sociedade recreativa, um clube de futebol, 9 grupos de bolão, duas sociedades de cantores e um cinema com capacidade para 200 pessoas. 


         Curiosidades:


O município filho é lembrado em Estrela através do nome de  uma rua denominada Roca Sales no bairro Boa União. 


Pesquisa: Airton Engster dos Santos

Fonte de dados e imagens: Clipagem e Arquivo Aepan-ONG, IBGE, Livro do Jubileu Diamante Estrela de 1951 e Álbum do Cinqüentenário de Estrela de 1926.

Teutônia-RS 3f4m3i

Teutônia-RS

Emancipação de Teutônia-RS

      Como sabemos o município de Estrela começou a ser regularmente povoado no ano de 1856. Os primeiros habitantes eram em sua maioria alemães ou descendentes deles provenientes do município de São Leopoldo.


         No ano de 1858 foi fundada a segunda colônia denominada Teutônia. Sua população em 1862 era de 258 habitantes. Exportavam seus produtos através de carroças via Estrela ou porto dos Barros, uma estação de embarcações do Rio Taquari. Plantava-se feijão, milho, batatas, arroz, mandioca, favas, fumo e erva-mate. Nesta época a indústria era pouco desenvolvida, porém se destacavam a produção de banha, manteiga, e azeite de amendoim.


A idéia de criar uma colônia particular coube ao comerciante e atacadista Sr. Carlos Schilling, que em 1858, adquiriu as terras devolutas para construir a Colônia Teutônia. A denominação de Teutônia seria uma referência às tribos bárbaros dos teutões, que tinham sido moradores das margens do Mar Báltico e de muita influência na formação do povo alemão. Seria, a nível de Rio Grande do Sul - Brasil, uma importante referência ao empreendimento de Germânicos, que praticamente dominaram na ocupação de Teutônia. 

Em 1862 o agrimensor Lothar de La Rue deslocou-se para Teutônia, iniciando as medições e separações dos lotes de terras. Neste mesmo ano, vieram os colonos da Velha Colônia São Leopoldo para desbravar a área sul de Teutônia. Entre os anos de 1868 e 1876 vieram aproximadamente 300 (trezentas) famílias, imigrantes alemães vindos principalmente de Kappeln, Lotte, Lanbergen, Leeden, Lengerich, Niedersachen, Osterberg, Waterkappeln e de Gaste - Osnabrück.


A partir de 1861 o comerciante e foi Carlos Arnt. Em 1878 foi criado um distrito policial. Em 1883 a Colônia Teutônia contava com 2.500 habitantes e produzia 10.000 sacos de feijão, 20.000 sacos de milho e 45.000 kg de banha. 

Em 1885 a Colônia de Teutônia é elevada à categoria de Freguesia. Em 18/10/1892 é Reorganizada através de Lei Orgânica Municipal a antiga fazenda Teutônia, que a a ser 2º Distrito de Estrela e denominar-se Pinheiro Machado. Em 17/06/1955 é criado o Distrito de Canabarro, fixa seus limites e determina sua sede. Em 19/10/1972 é fixado o limite do perímetro urbano da Vila de Languirú. Em 18/01/1973 Vila Schimidt é declarada área urbana.



A Emancipação de Teutônia:
O município de Teutônia que pertencia a Estrela tentou sua emancipação política istrativa 1963, cujo movimento foi interrompido devido algumas dúvidas surgidas nos três distritos principais (Teuntônia, Languirú e Canabarro).


Com o Dr. Hércio Pêgas presidindo uma comissão de lideranças, foi retomado o movimento em 1976, o povo foi ao plebiscito em 24 de maio de 1981 e Teutônia obteve sua emancipação consagrada nas urnas por ampla maioria.


Em 31 de janeiro de 1983 foi instalado o novo município com posse do primeiro prefeito eleito Elton Klepker. O novo município explode em festas e entusiasmo para o progresso. Em seguida foi construído um moderno Centro istrativo em estilo enxaimel em gratidão aos imigrantes westfalianos.


Curiosidades:

O município filho, Teutônia é homenageado em Estrela através do nome de uma rua no bairro Boa União em Estrela.

O município filho Teutônia já gerou fruto, o pujante município de Westfália, antiga Vila Schmidt.

Para quem gosta e pretende aprofundar conhecimentos sobre a história de Teutônia recomendamos o livro do escritor Ruben Gerhardt, “Colonização de Teutônia e Corvo” editado em 2004 a disposição no memorial da Aepan-ONG para pesquisas.


Pesquisa: Airton Engster dos Santos

Fonte de dados e imagens: Clipagem Aepan-ONG, IBGE e Informativo Prefeitura Municipal Teutônia de 1995.

Divulgação: Coluna Histórias da Nossa História – Jornal Folha de Estrela.    

Colégio Santo Antônio de Estrela-RS 5p4yd

Colégio Santo Antônio de Estrela-RS


Santo Antônio – Um Colégio de Irmãs

         Louvemos a Deus que do pó fabrica o ouro e aurifica o pobre empreendimento da criatura. Louvemos a Deus que fez descer o áureo orvalho de suas bênçãos sobre esta Casa de Educação. Bendito seja Deus que facultou ao tempo dourar os louros que engrinaldam a Escola Santo Antônio. Assim inicia a narrativa sobre o Colégio Santo Antônio, descrita na Poliantéia comemorativa ao 75º aniversário da chegada das Irmãs Franciscanas ao Rio Grande do Sul (1872 – 1947).

         “Um Colégio de Irmãs”. As educandas seriam instruídas na santa religião e as filhas de São Francisco seriam seus guias no rumo para a pátria celeste. É pois de se irar que o povo acompanhe com vivo interesse a conclusão do edifício, sobre uma colina, no centro da vila, visível a grande distância.


Com ansiedade espera-se o dia 11 de janeiro de 1898, dia marcado para vinda das irmãs. Os caminhos quase intransitáveis pelas chuvas não atemorizaram os bons colonos, que vinham de longe para saudar as queridas irmãs.


         Horas e horas se escoam, ansiosos olhares se dirigem para estradas barrentas pelas quais deveriam chegar. Onde estão aquelas que  assim se fazem esperar. Na véspera quatro irmãs embarcaram em Porto Alegre.  Subiam pelo Rio Jacuí. A viagem foi boa até na foz do Rio Taquari. 

As obras de Deus em geral começam com dificuldades. Horrível tormenta obrigou a embarcação a atracar. Os bancos duros e a agitação impediram que conciliassem sono. Pelas duas horas da madrugada continuou viagem, cheias de vicissitudes. As águas do Rio Taquari haviam baixado muito em razão da seca. 

Depois de duas horas tiveram que ar para um bote, navegando a remos ou empurrado por negros robustos. E lá seguiam as quatro missionárias, apreciando a paisagem do Rio e recitando preces matinais. 

As três últimas horas de viagem foram de carreta, puxada a burros. Nos lugares difíceis, apeavam e caminhavam longos trechos. Enfim se aproximaram de Estrela. Um grupo de cavaleiros apresentaram-lhes as boas vindas e anunciaram sua chegada por meio de grande alegria. Ecoou um grito geral: Elas vêm! Elas vêm! Nas montanhas próximas repercute o tiro dos morteiros, o pipocar dos foguetes e o som da banda de música. Brilham de alegria os olhos dos anciãos e das inocentes crianças que nunca tinham visto irmãs. a a carroça por entre filas formadas. 

Perto da Igreja Matriz, apeiam, sendo saudadas primeiro pelo povo e depois pelo Revmo. P. Reichmut, vigário da paróquia, o que foi para as recém chegadas, motivo de alegria, pois os Padres Jesuítas sempre se mostraram amigos das Irmãs.


         Ao toque de órgão entraram na Igreja Santo Antônio, onde ressoou festivo Te Deum, enquanto as recém chegadas oferecem todas as suas forças e boa intenção de muito trabalhar para a glória de Deus.


         Segue-se a procissão, ando por arcos triunfais, até o novo colégio, todo ornamentado com o verde das matas. À noite subiram ardentes preces de ação de graças ao Pai Celeste. Poucos dias depois, no dia 16 de janeiro de 1898 iniciam as aulas.


Pesquisa: Airton Engster dos Santos

Fonte: Poliantéia Comemorativa do 75º Aniversário da Chegada das Irmãs Franciscanas ao Rio Grande do Sul – 1872-1947 – Documento do Acervo da Aepan-ONG.


Coluna Histórias da Nossa História

Jornal Folha de Estrela

Estrela-RS – Santuário de Santo Antônio 453m49

Estrela-RS – Santuário de Santo Antônio

Estrela-RS – Santuário de Santo Antônio

A instrução canônica em Estrela teve lugar em 11 de julho de 1873. A provisão episcopal foi lida e executada em 24 de agosto do mesmo ano. O primeiro pároco foi o Padre Francisco Schleipen. Em janeiro de 1880 foi nomeado o 2° Pároco Padre Eugênio Steinhardt. Em setembro de 1883 a igreja recebeu a benção eclesiástica.

Em 22 de dezembro de 1894 toma posse o 3º vigário da Paróquia, Padre Emilio Reichmuth.

Em fevereiro de 1903 a então Villa de Estrella recebe a visita de S. Exa. Revma. Dom Cláudio José Gonçalves Ponce de Leão, Bispo de São Pedro do Rio Grande do Sul, que eleva a igreja à categoria de Santuário de Santo Antônio.

Em 1° de janeiro de 1910 toma posse o 4º vigário da Paróquia, Padre Maximiliano de Lassberg.

Em 28 de novembro de 1915 toma posse o 5º vigário da Paróquia, Padre Eduardo Wolter.

Em 1923 a Paróquia Santo Antônio foi entregue ao clero secular até então sob responsabilidade dos padres jesuítas.

O Santuário de Santo Antônio de Estrela constitui-se de linda igreja com três altares em estilo gótico e de dois nichos.

O Altar-mor foi sagrado em 06 de junho de 1901, possuí três lindos quadros a óleo, com as imagens do padroeiro, de Santa Cecília e Santo Aloysio. O primeiro vindo da Espanha e os outros dois vindos da Itália. O altar da direita é dedicado a Santíssima Virgem do Rosário cuja imagem está cercada de anjos protetores. O altar da esquerda é consagrado ao glorioso São José. O Santuário possuí outras imagens: Sagrado Coração de Jesus, Sagrado Coração de Maria, São Miguel, São Luis Gonzaga, Santa Terezinha de Jesus, entre outras.

Os três sinos da igreja vieram de Bochum, na Pruscia e foram bentos em 1888 em homenagem à Maria Imaculada, São José e Santo Antônio. O relógio da torre foi confeccionado por Bruno Schwertner.



Curiosidade: Bochum é uma cidade alemã do Land de Renânia do Norte-Westfália. Localiza-se na região do Ruhr, entre as cidades de Essen e Dortmund. Sua população em 2005 era de cerca de 386.499 habitantes.

Pesquisa: Airton Engster dos Santos
Fonte de dados: Álbum do Cinqüentenário de Estrela.